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Marinho e Pinto, numa Assembleia Geral Extraordinária da Ordem dos Advogados afirmou que o Ministério da Justiça está entregue a um ex-Secretário de Estado da Justiça do Governo de José Sócrates que, por sinal, é cunhado da Ministra. E acusou esta de ter duas caras, uma quando estava na Ordem, pedindo que os honorários dos advogados que prestam apoio judiciário fossem pagos em oito dias, e outra agora porque mudou de discurso para não pagar. Segundo o Bastonário, tal revela clara falta de vergonha e elevado grau de oportunismo.
Marinho e Pinto é homem de falas intempestivas, mas não de calúnias. Não se está a vê-lo a confabular com estas coisas. Ficaria admirado se o que diz não correspondesse à realidade. Também as acusações não assentam muito bem em Paula Teixeira da Cruz, de acordo com a sua imagem pública. Mas a razão está de um dos lados e, atendendo ao período de austeridade que se atravessa, não surpreenderia que a Ministra esteja pressionada por circunstâncias inesperadas, com que não contaria, e seja obrigada a dar o dito por não dito. É assim a política. Quem se mete nela tem de contar com a eventual obrigação de lhe sairem papéis pouco agradáveis para desempenhar. Acontece a todos.
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