Martin Schulz, socialista e Presidente do Parlamento Europeu, declarou recentemente numa reunião, a propósito da viagem de Passos Coelho a Angola, que o destino de Portugal é o declínio. Naturalmente, a coisa caiu mal e Martin Schulz apressou-se a vir a terreno limpar-se e dizer que não disse o que disse. Mas disse, se o que vi na televisão estava bem traduzido.
Vai sendo frequente esta cena. Os políticos falam muito e dizem asneiras, ou pelo menos coisas inconvenientes, e depois vêm remendar o discurso.
É assim: se a asneira não vem dum político, como acontece com D. Januário Torgal Ferreira, a coisa fica para a posteridade, arquivada no almanaque das calinadas e morre ali; se vem dum político, é preciso remediar, emendar, ou atamancar. Assistimos a tal recentemente, com Cavaco Silva, Passos Coelho -este especialista-mor em ditos infelizes - e com o Ministro da Defesa.
Será que os políticos foram sempre assim, ou o mal é novo? Suspeito que é fruto do tempo. É tudo feito sobre o joelho, incluindo as declarações públicas sobre matérias sérias.
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