sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O ACORDO DO NOSSO DESACORDO

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Os portugueses no fundo assinaram um Pacto ortográfico que sabe a pato.
Miguel Esteves Cardoso

Acordo Ortográfico é "acto colonial" do Brasil
Miguel Sousa Tavares
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Vasco Graça Moura cancelou o uso da ortografia aprovada no novo acordo e ordenou a reconversão dos computadores do Centro Cultural de Belém a que agora preside. Graça Moura é um dos muitos portugueses que dedicam grande parte da sua vida a escrever, tal como Miguel Sousa Tavares, Filomena Mónica, José Cutileiro, Alberto Gonçalves, Miguel Esteves Cardoso, e muitos outros. Estão todos contra o acordo.
Mas, na realidade, isso não interessa nada. O Prof. Malaca Casteleiro, e mais uns tantos teóricos da língua portuguesa que vivem nas catacumbas das faculdades de letras e sítios correlativos, acharam que tinham agora oportunidade de associar o seu nome a uma das mais importantes mudanças que uma nação pode fazer. Não se trata de alterar o Código da Estrada, o Código do IVA, o Código Penal, nem mesmo a Constituição; é coisa muito mais importante. Mexer na língua, seja escrita ou falada, é meter o bedelho em matéria que exige peito. É coisa que não pode fazer-se sem ouvir todos, especialmente os que a usam como ferramenta de trabalho, seja na arte, na ciência, no jornalismo, na administração e em muitas áreas mais.
Como podemos deixar meia dúzia de obscuros e insensatos teóricos alterar a grafia das palavras de forma inaceitável? Não podemos!... Ou não devíamos poder.
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