Está em curso uma polémica ético-político-sócio-filosófica depois do inestimável Arménio, também chamado Carlos, ter falado do Rei Mago "mais escurinho" da troika. Arménio tem sido alvo de investidas violentas por tão declarada manifestação de racismo, face ao que a sociedade portuguesa está dividida na parte que apoia a escuridão e na que repudia a escuridão.
João Soares, o político português que tem o maior respeito por todos os outros políticos—mesmo o respeito máximo—não se referindo a nenhum sem o fazer notar, também tem o maior respeito por Arménio e defende no Facebook a escuridão porque "o etíope é mesmo escurinho". Também a fina flor portuguesa tem discutido o assunto com alguma profundidade, incluindo o professor Martelo, Narana Coissoró, Vítor Ramalho, Sérgio Sousa Pinto, que não tenho a honra de saber quem é, Daniel Oliveira, jornalista ilustre do Bloco de Esquerda, e provavelmente Jesualdo Ferreira, Jorge de Jesus, Hugo Marçal, arguido no processo Casa Pia a quem o tribunal passou um cheque careca, Pinto da Costa, o inefável Louçã que não brinca com coisas politicamente incorrectas, quiçá Ismailov, que não fala português, e por aí fora.
Eu tenho também opinião porque os meus impostos estão
todos pagos, incluindo a Contribuição Extraordinária de Solidariedade. E é meu
parecer que Arménio não esteve bem e explico porquê: ou o etíope é preto, e
nesse caso não é escurinho pois é escuríssimo, ou não é preto e Arménio não tem
que estar a falar em meias tintas, o mesmo que tonalidades neste caso. Só conheço o Senhor do FMI, por quem tenho o maior
respeito como João Soares, das fotografias e da televisão, mas é minha convicção
que Sua Excelência é mesmo preto—até bastante preto! Ipso facto, Arménio não esteve
bem.
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