domingo, 27 de janeiro de 2013

O ZEZITO QUE FUGIU

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[…] Mesmo no futebol, que não será um universo particularmente lúcido ou vital, é difícil imaginar os sócios do Benfica ansiosos por devolver à presidência aquele fulano que costuma gravitar entre os luxos de Londres e a cadeia. Na política, porém, é teoricamente possível reabilitar com leveza o sicrano que, após reduzir uma população à penúria, experimenta, alegadamente a expensas da família e da banca, as delícias de Paris (mas não, salvo seja, a cadeia). Os apóstolos do sicrano andam desejosos de terminar o lindo serviço que iniciaram, e o próprio já é um nome "óbvio" para Belém. Um país assim dá sempre vontade de rir. Mas raramente dá vontade de habitar.
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Alberto Gonçalves in "Diário de Notícias"
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