Em 2000, em colaboração com um jornalista, Armstrong
escreveu o livro com o título "It’s Not About The Bike: My Journey Back
to Life". A páginas tantas, diz: "Li algures que voo sobre as montanhas de
França. Mas não se voa sobre montanhas; luta-se lenta e dolorosamente e talvez—apenas talvez—se chegue à frente de
todos os outros".
É verdade. E tanto mais verdade quanto mais EPO,
hormona do crescimento, cortisona e testosterona se toma.
De acordo com o especialista australiano Chris Golis,
Armstrong é um psicopata especial; no caso, um ciclopata, diga-se subtilmente. Ainda segundo Golis, é manipulador,
destituído de ética, ávido de poder e muito activo, tudo características de tal
grupo taxonómico dos mamíferos. Do tipo que, quando encontra uma pessoa, se
interroga inconscientemente: que pode este tipo dar-me, ou como hei-de ganhar
dinheiro com este parolo?
Pessoas assim reduzem o mundo a duas categorias—vencedores
e vencidos. E se alguém lhes toca na consciência, acalmam-se dizendo: Está
bem... É o que fazem todos os vencedores. Têm como objectivo na vida,
ou um formidável desejo de vencer, ou ganhar muito dinheiro. Frequentemente têm os dois, como
Armstrong.
Mas, diz Golis, há notícias boas: tais tipos melhoram
com a idade. Há esperança fundada que daqui a 20 anos, Armstrong, já
sexagenário, se arrependa das borradas que fez. Até lá, verosimilmente, ainda
vai aldrabar mais alguns incautos.
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