quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O GRANDE M&P

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Marinho & Pinto (M&P), na abertura do ano judicial, comparou o projeto do Governo, de alargar os casos julgados em processos sumários, à condenação de Jesus Cristo, morto sem direito a defesa.
M&P não olha a despesas. Podia invocar a Lei de Lynch, do Século XIX, ou o regicídio português, do Século XX, e já era hiperbólico q. b. e gosta de ser. Mas não—M&Pinto é um caminhante no fio da navalha e foi buscar a que é provavelmente a mais célebre execução sumária da História Universal desde o Big-Bang.
E isto para quê? Para falar do julgamento de pilha-galinhas e ofícios correlativos. Não digo que M&P esteja errado. Provavelmente, até tem razão sem eu saber. Mas há alguma diferença entre a condenação à cruz de Jesus Cristo, após processo sumário de Caifás e Pilatos, e meia dúzia de dias de cadeia por roubar um repolho no Mercado da Ribeira.
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O quadro reproduzido em cima é o famoso Ecce Homo, de Antonio Ciseri. O quadro reproduzido à direita é do famoso M&P
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