sábado, 19 de janeiro de 2013

UNIVERSO INVISÍVEL

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"Eu digo-te o que está para além do universo observado por nós—montes e montes de universo que não observamos", diz a astrónoma da figura para o colega. A afirmação não é tão estúpida como parece. Na realidade, não sabemos o que está—se acaso está alguma coisa.
O Big-Bang foi há cerca de 13,7 mil milhões de anos. A radiação que nos chega dos corpos mais distante do cosmos percorreu 13,7 mil milhões de anos/luz. Só vemos os que estão até essa distância. Se há outros para lá, a sua radiação ou luz vem a caminho—ainda não chegou.
Em qualquer ponto do universo, incluindo a Terra, o horizonte visual fica a 13,7 mil
milhões da anos/luz. Mas a astrónoma tem um palpite que há montes de coisas por trás dele. Talvez. Eventualmente, o universo será infinito. Pode acontecer que daqui a alguns milhões de anos o homem, se ainda existir, consiga ver astros a maior distância que a distância dos astros mais afastados criados no Big-Bang. Vai ser uma grande descoberta essa—significará mais universos além do nosso. Seremos o anexo dum universo maior? Ou um par? Ou apenas peça dum universo global ainda em construção? Ou o remendo a tapar um furo no universo principal mais antigo? É complicado! 

(A figura da direita regista 14 mil milhões da anos/luz—14 biliões na nomenclatura americana—o que é arredondamento) 
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