"Eu digo-te o que está para além do
universo observado por nós—montes e montes de universo que não observamos",
diz a astrónoma da figura para o colega. A afirmação não é tão estúpida como
parece. Na realidade, não sabemos o que está—se acaso está alguma coisa.
O Big-Bang foi há cerca de 13,7 mil milhões de anos. A
radiação que nos chega dos corpos mais distante do cosmos percorreu
13,7 mil milhões de anos/luz. Só vemos os que estão até essa distância.
Se há outros para lá, a sua radiação ou luz vem a caminho—ainda não chegou.
Em qualquer ponto do universo, incluindo a Terra, o
horizonte visual fica a 13,7 mil
milhões
da anos/luz. Mas a astrónoma tem um palpite que há montes de coisas por trás dele.
Talvez. Eventualmente, o universo será infinito. Pode acontecer que daqui a
alguns milhões de anos o homem, se ainda existir, consiga ver astros a maior distância
que a distância dos astros mais afastados criados no Big-Bang. Vai ser uma
grande descoberta essa—significará mais universos além do nosso. Seremos
o anexo dum universo maior? Ou um par? Ou apenas peça dum universo global ainda
em construção? Ou o remendo a tapar um furo no universo principal mais
antigo? É complicado!
(A figura da direita regista 14 mil milhões da anos/luz—14 biliões na nomenclatura americana—o que é arredondamento)
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