[...] Angela Merkel, Chanceler alemã, proclamou que "o
modelo económico de Chipre está morto". Era difícil dizer se estava ou
não, antes dela falar [...] Se não estava, agora está. Ninguém, com capacidade
de escolha, porá dinheiro no futuro num banco cipriota.[...]
[...] É a vez dos alemães terem um império. A sua reentrada
na comunidade das nações baseou-se na ideia de que são pacíficos, respeitadores
da lei, internacionalistas, politicamente vegetarianos. Suportam uma cada vez
mais próxima União Europeia porque querem ser uma Alemanha europeia para evitar
uma Europa germânica. São totalmente genuínos acerca de ultrapassar o que se
chama eufemisticamente "problema da História". Por isso, vivem
obcecados com a importância das regras, de as respeitar e serem vistos a respeitá-las.
Foram bons rapazes e, sendo-o, prosperaram.
Mas, à medida que se foram tornando fortes, o amor pelas
regras transformou-se num instrumento do seu poder. Somos bons cidadãos
europeus, dizem, e saímo-nos bem. Portanto, a resposta para todos na Eurozona é
serem como nós e sair-se-ão bem. O mesmo número serve a todos e esse número é o
da Alemanha. [...] Depois da vitória sobre a Alemanha, Churchill disse: "A
Alemanha está prostrada perante nós".
Hoje, a maior parte do Sul da Europa está prostrada perante a Alemanha.
[...]
Charles More in "The
Telegraph" (22-03-2013)
.
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