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O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê.
Platão
Platão ensinava que a alma é uma entidade imaterial que
está para o corpo, incluindo o cérebro, como o capitão está para o navio. A
pessoa seria a alma, com o corpo como instrumento de acção. Depois da morte, os laços desapareciam: o corpo acabava
e a alma, sendo indestrutível, persistia. É o dualismo. Segundo parece, as
pessoas são dualistas estruturais. Quando pensam nelas, têm tendência de o
fazer como se fossem independentes do
corpo, ou seja, o eu não o inclui instintivamente.
Aristóteles, discípulo de Platão, acreditava na alma, que
conferia racionalidade ao homem. Contudo, com a morte e o fim da organização do
corpo, a alma deixava de existir.
Hoje, a neurociência mostra que a actividade psíquica é fruto
da função cerebral—consequentemente, racionalidade e alma serão diferentes para quem
admite o que se chama alma. É uma qualidade/privilégio do homem que lhe
confere a eternidade? Ou é apenas fruto do desejo inconsciente de não morrer,
ou da negação de voltar ao nada? A resposta é exclusivamente matéria de fé.
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