Após o crash bancário de 2007-8, foi negociado na Europa
um acordo para proteger os depositantes. Tal acordo tinha dois princípios. O
primeiro era a garantia de que depósitos até 100.000 euros estavam sempre
garantidos. O segundo a de que as perdas dos bancos eram exclusivamente
suportadas pelos investidores nesses bancos, ou seja, pelos accionistas.
A doutrina e os princípios foram sagrados até ontem. Hoje
ficámos a saber que uns peraltas da União Europeia— germânicos e não só—e do
Fundo Monetário Internacional têm competência para cagar neles.
A pergunta é: quem se segue? Pode o Governador do Banco
de Portugal vir dizer, com um sorriso nos lábios, que a situação "não é
transponível para Portugal" e que "os portugueses podem estar
tranquilos". Os cipriotas também estavam tranquilos anteontem. Hoje têm a
fralda suja.
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