A nebulosa que se
vê em cima é a Nebulosa do Anel, na Constelação da Lira. Está a 2 mil anos/luz da
Terra, tem cerca de 1 ano/luz de lado a lado, é muito bonita, frequentemente
usada para decorar livros de Astronomia e observada até à exaustão por
astrónomos amadores. Tem aspecto de bolo-rei, mas não: é mais do tipo donut de
gelatina porque a parte central não é oca, mas sim cheia de hélio tornado azul brilhante
pela radiação duma estrela moribunda, que se vê na imagem sob a forma
de minúsculo ponto branco, mesmo no centro da nebulosa—há mais pontos brancos,
correspondentes à projecção de outras estrelas em planos diferentes, à frente e
atrás. A estrela entrou em agonia há 4 mil anos e morre lentamente desde então,
como vai acontecer com o Sol, daqui 4,5
mil milhões de anos, por se acabar o hidrogénio no interior. O que se passa ali
é o que se vai passar aqui—tal e qual! Mas como o Sol é mais pequeno, o
espectáculo não vai ser tão brilhante e bonito.
Os anéis coloridos na periferia da nebulosa correspondem
ao choque do gás central em expansão muito rápida—cerca de 70 mil quilómetros
por hora—com o gás periférico, em expansão mais lenta. Tal expansão vai durar
ainda 10 mil anos. Depois, desaparece a luz e o brilho e tudo se funde na
escuridão do espaço.
The show is over!
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