A "The National Academies Press", publicou recentemente um livro com as conclusões dum encontro sobre a informação digital nos dias de hoje e suas consequências no comportamento humano—cognitivo, afectivo, social e por aí fora: " The Informed Brain in a Digital World".
Numa das secções discutiu-se a diferença entre o chamados "nativos digitais" e "imigrantes digitais" para distinguir os nascidos na era digital dos que entraram nela já na juventude,
ou idade adulta.
Surpreendentemente, ao contrário do esperado, os
especialistas participantes depressa declararam que o tópico era irrelevante
porque a técnica muda tão rapidamente que o"nativo" de hoje pode ser "imigrante"
amanhã, assistindo-se ao fenómeno com frequência. Com o aparecimento em cena de
computadores cada vez mais sofisticados, tablets, smartphones e toda essa parafernália,
melhor chamada cangalhada, são poucos os que, a partir de certa idade, se não rendem
e desistem de acompanhar o "progresso". Em boa verdade, parte desse
"progresso" consiste apenas em mudanças técnicas irrelevantes, muitas vezes
"inventadas" como instrumento de marketing.
O problema é que, a quem se deixa dominar pelo conforto
do imobilismo, chega o dia em que vê o seu mundo sumir-se por falta de
capacidade de aceder à Net, de redigir textos num processador dos ditos, de
criar aquela bonita apresentação do PowerPoint, etc. e tal.
É chato, mas vale a pena o esforço para não ficar como a
personagem duma história brasileira que publiquei em tempos e deve ler aqui, se
ainda o não fez.
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