terça-feira, 10 de junho de 2014

A LUA TEM PAI E MÃE IDENTIFICADOS

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É mais ou menos consensual que a Lua se formou na sequência do embate de um corpo celeste com tamanho da ordem de grandeza dos planetas, há cerca de 4,5 milhões de anos e à velocidade de 40 mil quilómetros por hora. Tal planeta dá hoje pelo nome de Theia.
Mas havia alguns pauzinhos na engrenagem desta teoria. Sabe-se que os isótopos de oxigénio, titânio e sílica existem em quantidades variáveis e típicas em cada um dos vários planetas, a teoria do Theia defende que a maior parte da Lua é constituída por material dele, mas a Lua—acreditava-se até agora—teria um perfil de isótopos quase igual ao da Terra.
Contudo, investigadores alemães, partindo do estudo de amostras de Lua fornecidas pela NASA, das missões Apollo 11, 12 e 16, chegaram à conclusão que os isótopos da Lua têm perfil misto—provavelmente 50% originários da Terra e 50% originários do Theia. Há algumas divergências sobre estas percentagens, mas a ideia geral é que a Lua é filha dos dois planetas, Terra e Theia. Pode portanto ser registada com progenitores identificados—não é filha de pai incógnito.
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