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É mais ou menos consensual que a Lua se formou na
sequência do embate de um corpo celeste com tamanho da ordem de grandeza dos
planetas, há cerca de 4,5 milhões de anos e à velocidade de 40 mil quilómetros
por hora. Tal planeta dá hoje pelo nome de Theia.
Mas havia alguns pauzinhos na engrenagem desta teoria.
Sabe-se que os isótopos de oxigénio, titânio e sílica existem em quantidades
variáveis e típicas em cada um dos vários planetas, a teoria do Theia defende
que a maior parte da Lua é constituída por material dele, mas a Lua—acreditava-se
até agora—teria um perfil de isótopos quase igual ao da Terra.
Contudo, investigadores alemães, partindo do estudo de amostras
de Lua fornecidas pela NASA, das missões Apollo 11, 12 e 16, chegaram à
conclusão que os isótopos da Lua têm perfil misto—provavelmente 50% originários
da Terra e 50% originários do Theia. Há algumas divergências sobre estas
percentagens, mas a ideia geral é que a Lua é filha dos dois planetas, Terra e
Theia. Pode portanto ser registada com progenitores identificados—não é filha
de pai incógnito.
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