Em 1931, Winston Churchill, num extraordinário ensaio intitulado "Fifty Years Hence" (Nos Próximos Cinquenta Anos), publicado no "Strand Magazine" e cuja leitura (em inglês) aconselho vivamente a quem puder fazê-lo, escrevia assim: "Livrar-nos-emos do absurdo de criar uma galinha inteira para comer um peito ou uma asa, cultivando essas partes separadas em meio adequado".
Não foi nos 50 anos de que Churchill falava, mas 82 anos passados, os primeiros hamburgers criados no laboratório—in vitro—por uma equipa holandesa foram servidos numa demonstração em Londres, em Agosto de 2013.
Naturalmente que o novo e inesperado acicata sempre resistência,
para não dizer reacção, dada a conotação política que tem este termo. Imediatamente se
elevaram vozes contra tal coisa contra naturam, presumindo-se que criar animais—para
matar—em "fábricas de proteínas" absurdas como aviários,
suinoculturas, ou aquários, não é contra naturam.
O problema de momento é o preço da carne de laboratório, não competitiva nem com a da galinha-pica-no-chão. Mas a tecnologia evolui e a
produção de peito de frango, lombinhos de linguado, rabo de boi, ou orelha de
porco será uma realidade não tarda muito, a preço sem concorrência.
Neste momento, um
em cada 5 americanos estão disponíveis para consumir carne feita in vitro.
Daqui até que a maioria da população perca os preconceitos soprados por
ambientalistas enviesados profissionais é um instante. E tempo virá em que a
actual conversa soará como a dos escoceses para quem a passagem das máquinas
a vapor dos comboios faria abortar as vacas.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário