quinta-feira, 10 de julho de 2014

ATACAR PARA DEFENDER

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Há 4 ou 5 anos, Ricardo Salgado dizia a Filipe Pinhal, do BCP: "A lamentável comédia no seu banco pôs em causa a credibilidade do sector e do País". Sabemos agora que, afinal, nos BES de Salgado não havia qualquer tipo de comédia porque aquilo era um drama de faca e alguidar.
Hoje, Fernando Ulrich, presidente do BPI, mais conhecido por "ai aguenta, aguenta", declarou para quem o quis ouvir que o BES é um desastre comunicacional e que "é preciso retirar este abcesso que agora surgiu nesta caminhada de prestígio do País".
Desde logo, temos de medir a temperatura ao homem porque deve estar a delirar: caminhada de prestígio do País, diz ele! Depois, há que aguardar para saber quem será o próximo banqueiro a falar e o que dirá. Porque a banca nacional, está mais que visto, é um conjunto de fiascos a reagir em cadeia e o próximo alvo será provavelmente o BPI.
Diz-se que a melhor defesa é o ataque e os bancos adoptaram a táctica—atacam o vizinho para disfarçar a desgraça doméstica. Mas se isso dá resultado no futebol, é duvidoso que se aplique a bancos. Por mim, sempre que ouço um banqueiro dizer mal de uma comadre, aconselho os depositantes desse banco a tirarem de lá o dinheiro.
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