segunda-feira, 14 de julho de 2014

MIC, PIC E NIC

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Quer saber uma coisa engraçada? Explico: Há uma instituição em Portugal chamada Movimento de Intervenção e Cidadania, também conhecida por MIC, criada quando o poeta Alegre se candidatou à Presidência da República. A candidatura feneceu, como se sabe. Feneceu a candidatura, mas não feneceu a instituição que até tem corpos sociais, não sei se com estatutos aprovados e registo legal, mas tem. O poeta é Presidente do Conselho de Fundadores, o arquitecto Manuel Correia Fernandes é Presidente interino da Direcção e o general Alfredo Mansilha Assunção é presidente da Assembleia Geral, que deve ser constituída pelo poeta, pelo arquitecto e pelo general.
Mas não se pense que o Movimento está em estado de hibernação. Não senhor; está muito vivo—acaba de lançar um apelo à participação nas primárias do PS onde se lê que elas não são mera questão interna do PS, pois do seu desfecho pode depender a escolha do futuro Governo, rebabá.
Em relação a políticos com o perfil do poeta Alegre e similares, o País está esclarecido. É uma panóplia de individualidades que lançou a Nação em rota meteórica a caminho da ordem, do progresso, da justiça, da abundância e do bem-estar. Estou certo que o actual apelo é o gatilho para disparar o tiro que fará António Costa Secretário-Geral do PS e apeará Tozé. Depois é só colher os frutos da auspiciosa escolha e saborear o precioso maná.
Ah ganda Alegre!
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