sexta-feira, 11 de julho de 2014

Ó DA GUARDA

.
Daniel Bessa, antigo ministro do Governo de Guterres, tem 66 anos e não estou certo se está lúcido ou xexé—às vezes dá no cravo, outras vezes treslê. Ontem—não sei em qual destas qualidades—disse que o responsável máximo do fado que vivemos actualmente é um "banqueiro central" que estava no Banco de Portugal (leia-se Vítor Constâncio).
Mas mais disse Bessa: o Zezito, a quem chamou "engenheiro Sócrates", comportou-se "como aquele egípcio que tomou os comandos do Boeing e se precipitou sobre as Torres Gémeas". De acordo com a conversa, "o Boeing já ia a caminho e o Zezito, no cumprimento de um guião qualquer, sentou-se ao comando, acelerou quanto pôde e, connosco lá dentro, enfiou-se contra as torres". Tal e qual!
Chegado aqui, começo a suspeitar que Bessa estava a atravessar um momento de lucidez quando assim falou. Na realidade, só num País que deixa um cidadão à solta e a dirigir um banco privado depois de sonegar milhões ao fisco é que um artista como o Zezito continua a ter direito a votar, a entrar em restaurantes e outros lugares públicos, até a dar palpites políticos na televisão, sem que ninguém de direito o chame à responsabilidade.
Em cerca de seis anos, quase duplicou a dívida da República, deu rios de dinheiro a ganhar a gente cujo trabalho não serviu para nada, deixou pendentes problemas sem solução e, quando o Ministro das Finanças chamou á sua revelia os abutres internacionais para não morrermos de fome, deu de frosques.
Só de pensar que gente como ele fica na História é de morrer. Infelizmente, não se vislumbram historiadores com talento bastante para descrever com justeza os montes de merda que deixou atrás de si.

Sem comentários:

Enviar um comentário