terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O SANGUE DE LUÍS XVI

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Luis XVI foi guilhotinado no dia 21 de Janeiro de 1793, faz dentro de menos de três semanas 220 anos. No dia da execução, muitos populares embeberam peças de vestuário no sangue do rei decapitado e tais objectos foram muito procurados durante anos, por republicanos e monárquicos. Com o tempo, foram desaparecendo e hoje já não se encontra nenhum. Excepto, talvez, uma cabaça, pertença de um tal Maximilien Bourdaloue, que recolheu o sangue real num lenço e lá o escondeu. Tal cabaça é hoje propriedade duma família italiana, os restos do lenço já mais que apodreceram, mas restam manchas rosadas no interior do recipiente.
Estudos forenses do ADN nessas manchas mostram que há uma anomalia rara no cromossoma Y que se observa também em restos mortais do rei Henrique IV, antepassado de Luís XVI. Esse facto, e mais alguns pormenores forenses, garantem, com 95% de probabilidade, que as referidas manchas são de sangue do rei executado.
Vem isto a propósito de ser dizer que a execução do rei foi complicada, por este recusar  deixar-se guilhotinar, tendo-o sido à força e sob a ameaça das espingardas. Um carta recentemente encontrada, da autoria de Charles Henri Sanson, executor-mor de Paris que se encarregou pessoalmente de Luís XVI, onde se refere que Luís XVI encarou a morte com coragem ao subir ao cadafalso e, impedido de se dirigir aos presentes, terá gritado "Povo, morro inocente". E, para Sanson e outros algozes, terá dito: "Cavalheiros, morro inocente de tudo de que sou acusado. Desejo que o meu sangue possa servir para fortalecer a felicidade dos franceses".
Não sei se serviu, digo eu, mas ainda anda por aí, segundo dizem especialistas forenses.
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