quinta-feira, 7 de março de 2013

DO 'AI AGUENTAM', À ESTRELA DE NEUTRÕES

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Stalin morreu há 60 anos—em 5 de Março de 1953. Foi um ditador e um açougueiro com mão de ferro que matou, ou mandou matar, milhões de seres do seu povo, em nome desse povo, para construir um estado comunista. Passado mais de meio século, não há estado comunista nenhum—nunca houve—e as vítimas de tal alucinação foram-no inutilmente.
Na Georgia, donde era natural, os mais velhos dizem que Stalin foi um grande estadista, com pequenos erros no currículo. Ao ler isto, ocorreu-me o dito de Ronald Reagan sobre o aborto—aborto propriamente dito e não o Stalin: "Tenho notado que todos os defensores do aborto já nasceram", disse um dia. 
É verdade! Por estranha coincidência, nota-se também que acham Stalin um grande estadista os que não foram vítimas da sua mão de ferro e ainda estão vivos.
É sempre assim: Ulrich acha que os lusitanos aguentam a austeridade, Borges que a descida dos salários é uma urgência, Salgueiro que os licenciados podem ir limpar as matas, e Coelho que os portugueses são piegas. Por acaso, nenhum deles sentiu a austeridade, viu o salário diminuído até ao nível da aflição, limpou matas, ou teve que ser forte bastante para aguentar um governo que o espreme até à condição de estrela de neutrões. Catita, não?...
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