Stalin morreu há 60 anos—em 5 de Março de 1953. Foi um
ditador e um açougueiro com mão de ferro que matou, ou mandou matar, milhões de
seres do seu povo, em nome desse povo, para construir um estado comunista.
Passado mais de meio século, não há estado comunista nenhum—nunca houve—e as
vítimas de tal alucinação foram-no inutilmente.
Na Georgia, donde era natural, os mais velhos dizem que
Stalin foi um grande estadista, com pequenos erros no currículo. Ao ler isto, ocorreu-me o dito de Ronald Reagan sobre o aborto—aborto
propriamente dito e não o Stalin: "Tenho notado que todos os defensores do
aborto já nasceram", disse um dia.
É verdade! Por estranha coincidência, nota-se também que acham Stalin um grande estadista os que não foram vítimas da sua mão de ferro e ainda estão vivos.
É verdade! Por estranha coincidência, nota-se também que acham Stalin um grande estadista os que não foram vítimas da sua mão de ferro e ainda estão vivos.
É sempre assim: Ulrich acha que os lusitanos
aguentam a austeridade, Borges que a descida dos salários é uma urgência,
Salgueiro que os licenciados podem ir limpar as matas, e Coelho que os
portugueses são piegas. Por acaso, nenhum deles sentiu a
austeridade, viu o salário diminuído até ao nível da aflição, limpou matas, ou
teve que ser forte bastante para aguentar um governo que o espreme até à
condição de estrela de neutrões. Catita, não?...
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