Ao incontinente lexical Januário, também Torgal e também Ferreira, é preciso começar por explicar que a vaidade é, desde o Século VI, segundo o Papa Gregório I, um pecado capital—grave por consequência. Também que o desejo de protagonismo é isso mesmo. E esclarecer ainda que os jornalistas não o procuram porque diga coisas com préstimo, mas tão somente porque bolsa idiotices que fazem títulos nos jornais. E mais: na qualidade de cristão que se arroga, tem o dever de compaixão para com o reino animal em geral e com os seus semelhantes em particular, em especial com os pares. E lembro-lhe finalmente que D. Carlos Azevedo é animal, seu semelhante e também par na hierarquia católica.
Januário incontinente recreia-se a chafurdar na lama em que D. Carlos se vê metido, trinta anos depois de ter atitudes mais que reprováveis. Dia sim dia não arranha a ferida, não vá ela cicatrizar e ele perder o mote.
Hoje, ou ontem, deu uma entrevista à RDP sobre a matéria
e eructou assim: [...] "só Rino Passigato, representante diplomático da
Santa Sé em Portugal, pode esclarecer, se quiser, o que efetivamente se passou.
Até porque, estando dentro de todo o dossiê, corre-se o risco de parecer
que não houve nada". Aí está!
Januário está preocupado com o facto de parecer que não
houve nada. Na sua humilde tolerância e compaixão cristã, Januário tem medo que
o seu par não sofra. A Januário ninguém molestou—foi a outro adulto, padre na
circunstância, que está calado—mas, em nome da mais genuína filosofia de Jesus Cristo, Januário exige
o escândalo, o julgamento na praça
pública, o opróbrio, o arrastar do calvário, o cilício social, o peso vitalício
na consciência para o seu irmão em Cristo.
Uma náusea!
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