segunda-feira, 11 de março de 2013

PÉS DE BARRO

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Shashi Naidoo é modelo, actriz e pivô de televisão na África do Sul. Era amiga da jovem que Pistorius abateu sumariamente a tiros de pistola e conhece o atleta bem. Nas audiências preliminares, o corredor amputado chorou copiosamente. Sobre isso, Sashi diz que Pistorius não chorava por Reeva, chorava por ele próprio. "Chorava pela vida que tinha acabado de perder. A sua vida está acabada, os patrocinadores abandonaram-no e agora todo o mundo sabe quem ele realmente é", diz a actriz.
Hoje surgiu mais uma personagem da mesma peça teatral: um amigo de Pistorius, Mike Azzie, vem dizer que "o Óscar (Pistorius) está quebrado e à beira do suicídio". E acrescenta que ele "fala muito e pede para rezarem por ela ( Reeva) e pela família dela".
Pistorius, a seguir ao crime, apressou-se a contratar um consultor de imagem especialista em relações públicas. Não sei se estava a chorar quando o fez. Depois contratou um dos melhores e mais caros advogados do País, Barry Roux, que cobra mais de 4 mil euros por dia. O causídico começou, de imediato, por desenterrar uma história antiga para emporcalhar o polícia que iniciou as investigações do crime—não tinha nada a ver o cu com as calças, mas desenterrou. O agente de investigação que vem a seguir deve tomar cautela porque o janota ainda vai encontrar algum imposto municipal sobre esgotos por pagar. Depois blá, blá, blá.
A peça encontra-se em adiantado estado de encenação: o coitadinho, aleijadinho, que corre com duas próteses e enriqueceu com isso, segundo dizem dopado, matou a namorada alarvemente, ficou muito deprimido com a tragédia, à beira do suicídio, e precisa de amparo e carinho do povo para não sofrer mais. Para maior conforto, passa os dias a rezar por ela e respectiva família. Só ao estalo!
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