segunda-feira, 11 de março de 2013

PORQUÊ COMPLICAR ?

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O universo, durante o fugaz período passado desde a origem do homem até hoje, pouco mudou. Pode dizer-se que se mantém o mesmo em linhas gerais. Mas já foi constituído por fogo, água, terra, ar e uma coisa mal definida chamada quintessência ou éter. Foi no tempo dos filósofos gregos, talvez mesmo antes, na China. Era o universo dos quatro elementos—o éter, mal classificado, não entrava nas contas. Uma beleza de simplicidade científica!
Hoje, o mesmo universo é para o mesmo homem uma trapalhada: há moléculas formadas por átomos que têm electrões, protões e neutrões, quarks, bosões, força fraca, força forte, força electromagnética, força gravítica, eventualmente tudo feito por cordas de energia, blá, blá, blá. O pioneiro da mecânica quântica e Prémio Nobel da Física Niels Bohr dizia que, se não se fica completamente confuso com trapalhada da mecânica quântica, é porque não se percebeu nada. Isto dá-me alguma esperança de vir a perceber um nadinha porque a confusão não pode ser maior.
Sou como o rural que assistiu ao sermão do prior no Domingo de Páscoa e exclamava no fim, incontido: "Gostei muito. Não percebi nada, mas foi muito bonito". Tal e qual.
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