terça-feira, 7 de maio de 2013

2 X CHE = CHE CHE

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O Dr. Soares revisita diariamente os tempos gloriosos da Primeira República, com todo o seu cortejo de arbitrariedades "democráticas", incluindo as sevícias ominosas—para usar a sua expressão—sobre o clero católico da época, acrescentando eu que não tenho nenhuma procuração para defender esse clero. Também, como já se viu, mata saudades do regicídio, coisa com que deve sonhar todas as noites, incluindo episódios épicos em que um qualquer Buíça dispara à queima-roupa sobre Cavaco Silva, quiçá também sobre Coelho, mesmo fora da época da caça.
Hoje escreve assim no "Diário de Notícias", a respeito do que chama silêncio da Igreja Portuguesa sobre a austeridade e a crise social:

[...] Não compreende a Igreja portuguesa as palavras de Sua Santidade? Ou está de novo, como nos ominosos tempos da ditadura, em silêncio com medo do que lhe possa acontecer? Esqueceu-se da generosidade com que a Revolução dos Cravos a tratou, ignorando então, consciente e propositadamente, o seu silêncio? [...]

Leia-se que a Igreja Portuguesa devia estar de joelhos perante os "cravos" por generosamente não ter sido espoliada do seu património, e por não terem sido publicamente vexados e "democraticamente" privados de todos os direitos de cidadania os seus membros, coisas que o Dr. Soares e sus muchachos pensam que tinham o direito de fazer. Não fizeram porque são bons! Sobretudo, porque perceberam o resultado que isso deu depois do 5 de Outubro e, como têm cu, tiveram medo. 
Uma náusea adulada por "democratas" de carregar pela boca que não merece o espaço que ocupa neste blog! Tal e qual.

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