De manhã, após o encontro com Pedro Passos Coelho, o recém-eleito secretário-geral da UGT afirmou que o Governo iria abdicar de aplicar uma nova taxa sobre os pensionistas e que essa indicação lhe teria sido dada pelo Primeiro-Ministro.
À tarde, depois do encontro com António José Seguro, Carlos Silva fez um esclarecimento. "Não altero o que disse na parte da manhã, mas vou fazer uma alteração de Português", começou por dizer. "O Governo está disposto a receber dos parceiros sociais e dos partidos contributos, desde que credíveis, para a alteração das medidas de austeridade já apresentadas."
Realizaram-se hoje os exames de Português dos alunos do
quarto ano. Carlos Silva não fez exame—não estava preparado, como se vê pela "autópsia", digo eu. O que é preciso é não descoroçoar: com mais
uns quatro aninhos de aprendizagem e prática, vai lá; mas
convenhamos que a estreia não foi brilhante—já tínhamos suspeitado que havia ali sintomas de incontinência verbal. São necessários dois anos para aprender a falar e
sessenta para aprender a calar dizia Hemingway. Falar sem pensar é como atirar sem apontar sentenciava outro intelectual que não me lembro quem era. Não há-de ser nada de cuidado.
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