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O Presidente da
Venezuela, Nicolás Maduro, veio a público afirmar que o rosto do seu
antecessor, Hugo Chávez, apareceu numa rocha durante a escavação do
metropolitano de Caracas. E fez
depois algumas considerações com implicações políticas sobre o facto, assumindo fazer reuniões governamentais junto do sepulcro do antigo
líder.
Não é minha intenção contestar nenhuma crença, seja ela
qual for, desde que não implique prejuízo para ninguém, ou ofenda outras crenças,
o que parece ser o caso—Maduro tem direito a dizer o que disse e a acreditar no
que afirma.
Mas para quem lê a notícia, e outras anteriores semelhantes,
uma dúvida se instala: está Maduro convicto do que diz, ou abusa da ignorância
e boa fé do povo para fazer passar ideias e práticas políticas discutíveis? É
que se é esse o caso, Maduro é um traste que importa desmascarar com urgência.
Formas de liderar povos desta forma ocorreram ao longo de
toda a História. Mas, na maior parte dos casos, o primarismo intelectual era de
todos—chefes e chefiados—e os líderes estavam desculpados por isso. Maduro não
parece ser tão primário assim, embora o seja nalguma medida. Contudo, a
conversa soa a charlatanismo e, nesse caso, é grave—a Venezuela não é
uma terra de cafres.
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