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Passos Coelho terá dito, com alguma propriedade, que o programa “Novas Oportunidades” é a certificação da ignorância e a forma do governo comprar votos demagogicamente.
O Zézito anda nervoso com os resultados das últimas sondagens - com razão - e à procura de matéria para levantar um escândalo em roda de Passos Coelho; o que não é difícil dada a ingenuidade e falta de senso político do pombinho em questão.
Mas as agências de comunicação, cujo papel é encher o crânio do Zézito de bosta para ele papaguear insuportavelmente de forma mecânica até à náusea, não arranjam substância consistente, o que também as classifica, tendo em conta a conjuntura – ficam caras ao erário público e não prestam, graças a Deus (graças por não prestarem, não por nos ficarem caras). Vai daí, o Zézito, condicionado pela situação, agarrou-se ao que conseguiu, ao “insulto feito a 500 mil portugueses”, cuja ignorância certificou. E vai agir. Vai o Zézito dar dois estalos em Passos? Não vai! Vai o Zézito consultar o Professor Karamba para lançar mau olhado a Passos? Não vai! O Zézito vai discutir o assunto na Comissão Permanente da falecida Assembleia da República. É pouco? É, de facto, pouquinho! Mas que há-de o Zézito fazer? É a maneira de não deixar arrefecer o guisado até surgir prato melhor.
Até lá, faz o que as agências mandam: repetir o discurso interminavelmente, como o petiz recita João de Deus na festa da Páscoa da escola: “Minha mãe, quem é aquele pregado naquela cruz? – Aquele, filho,... Veja o leitor o vídeo aqui em baixo, se tiver paciência, e diga se estamos num país europeu, ou no Zimbabwe de Mugabe, ou na Costa do Marfim de Gbagbo. Pergunta-se o que se fez para merecer uma sina destas.
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