segunda-feira, 30 de maio de 2011

JUDEUS: RAÇA SUPERIOR?

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O chamado povo judeu é matéria de controvérsia há séculos, e continua a ser na actualidade pelas razões diariamente estampadas na comunicação social. A pergunta clássica é se os judeus constituem uma raça, eventualmente com qualidades intelectuais acima da média da humanidade, ou se representam simplesmente uma cultura ou religião.
Hoje deparei-me com o  trabalho publicado sobre a matéria, há cerca de um ano, no "American Journal of Human Genetics" em que os autores fazem o estudo do perfil genético de milhares de judeus, comparando-o com outros tantos milhares sem relação com aquele povo. E a conclusão que tiram é de que os actuais 13 milhões de judeus são oriundos de três áreas: os sefarditas, de Portugal e Espanha, depois espalhados pelo Norte da Europa e África, após a expulsão pelos católicos; os ashkenazi, do Norte da Europa,
predominantemente da região da Alemanha – representam 90% dos judeus americanos e 50% dos de Israel; e os orientais, do Médio-Oriente.  Mas todos têm património genético comum, mais próximo entre eles que de qualquer outro grupo étnico.
É natural assim que judaísmo seja raça, e não cultura, ou religião. Raça superior intelectualmente? Tal é matéria mais complicada e delicada. É possível a superioridade genética, sem dúvida; mas não é de excluir a influência cultural e religiosa, estas por sua vez, condicionadas por situações sociais enfrentadas pelo povo ao longo de séculos. A exclusão social e a hostilidade das instituições podem ter criado condições para a resistência através do esforço e progresso cultural. A diáspora, por exemplo, a exigir a aprendizagem de mais uma língua além da própria; e, por outro lado, a tradição religiosa de ler textos sagrados na liturgia levando ao desaparecimento do analfabetismo muito cedo historicamente; bem como a necessidade de enveredar por profissões com exigências mentais maiores, são razões para explicar o progresso intelectual mais acelerado. E nestas coisas de estado da evolução intelectual, o tomar o lugar da frente dá mais do que qualquer outra posição cimeira a garantia de o conservar. Quem consegue chegar-se à frente culturalmente, só em casos raros e muito especiais perde o lugar.
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Em cima, à direita, mapa da origem dos judeus; à esquerda, o Decreto de Alhambra dos Reis Católicos, a expulsar os judeus de Espanha.
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