domingo, 15 de maio de 2011

A CARNE É FRACA

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Dominique Strauss-Kahn, presidente do FMI, foi preso em Nova Iorque a bordo de um avião da Air France, quando se preparava para dar de frosques para a Europa. É acusado de agressão sexual a uma empregada de limpeza do Hotel Sofitel, onde Strauss-Kahn estava numa suite de 3.000 dólares por noite. Dado o alarme pela funcionária, Strauss-Kahn fugiu atabalhoadamente, deixando para trás o telemóvel e outros objectos pessoais que a polícia recolheu.
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As autoridades americanas, através da CIA, dizem que, entre o material encontrado no refúgio onde bin Laden foi surpreendido e morto, no Paquistão, se encontrava considerável quantidade de filmes pornográficos, com cenas de sexo da maior elevação intelectual, espiritual e artística.
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Está a empregada do Hotel Sofitel a mentir? Não sei, mas é possível. Está a CIA a mentir para desacreditar bin Laden? Não sei, mas é possível. A mentira faz parte do armamentário político e é usada até pelos mais circunspectos, para não falar dos mentirosos relapsos e compulsivos. Vivemos numa era em que a mentira se vulgarizou. Chamar mentiroso a outro cara a cara é coisa a que assistimos diariamente na televisão, sem que daí resultem duelos, bengaladas, bofetões, nem sequer uma reacção verbal violenta.
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Provavelmente, Strauss-Kahn só queria cumprimentar pudicamente a empregada do hotel, e bin Laden só tinha filmes do Tio Patinhas. Provavelmente… Mas a carne é tão fraca!... Muito fraca mesmo... Quem não puder ser casto deve, no mínimo, ser cauto.
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...eh...eh...eh...
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