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Teixeira tem andado discreto, muito discreto, mas hoje falou. Desde o grito do Ipiranga, quando roeu a corda ao Zézito e chamou o FMI e a União Europeia, o Teixeira tem andado cabisbaixo, reservado até, com um trombil de meter medo. Mas hoje sorriu em Bruxelas e perorou. E que disse? Afirmou Teixeira: "O que interessa é ter o programa aprovado hoje à noite. Estou confiante quanto ao desfecho deste encontro e Portugal está numa posição confortável e confiante, com um programa ambicioso e abrangente, que está ajustado aos desafios que temos pela frente." Tal e qual!
Plano, acrescento eu, feito pela troika que, a troco de um pacote de reformas e perda da soberania portuguesa, evita a bancarrota já em Junho, o que aconteceria se o Teixeira continuasse a orientar as Finanças com o seu plano; verdadeiramente um plano inclinado - quase a pique!
Sei que é ingrato ser apanhado em flagrante à frente de uma montanha de asneiras, fruto do labor próprio, como aconteceu ao Teixeira. Sei isso. Mas espera-se, no mínimo, um bocado de recato, senso e pudor nas declarações públicas depois do delito. Esta de dizer que o País está numa posição confortável e confiante, é digna do Zézito. Constato, e daqui lanço o aviso aos próximos do Zézito, que aquilo é contagioso – é mal pegadiço. Porque o Teixeira não era assim, não nasceu assim, e nunca teve sintomas assim. O homem ficou doente no convívio com o Zézito. E, embora ainda não tenha aprofundado a matéria, suspeito que a maleita é incurável. Isto é, não estão descritos casos de recuperação da sanidade mental.
O Teixeira tem de mudar de ares. Talvez para o Tibete porque há lá grandes mestres da reflexão. Por exemplo Sakyamuni. Querem ver? Dizia Sakyamuni: Numa viagem o homem deve andar com um companheiro que tenha a mente igual ou superior à sua. É melhor viajar sozinho que em companhia de um tolo. Voilá, digo eu!...
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