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Li hoje um ensaio escrito por Nigel Goldenfeld, professor de Física na Universidade de Illinois, onde a páginas tantas se encontra este conceito pouco reconhecido pela nossa razão: quando se caminha na direcção errada, andar para trás significa progresso. E acrescenta a seguir mais ou menos isto: a História demonstra que grandes avanços culturais e sociais não foram resultado da descoberta de novos conhecimentos, mas antes do abandono de velhas teorias. Pode parecer coisa do senhor de La Palice, mas não é.
Li hoje um ensaio escrito por Nigel Goldenfeld, professor de Física na Universidade de Illinois, onde a páginas tantas se encontra este conceito pouco reconhecido pela nossa razão: quando se caminha na direcção errada, andar para trás significa progresso. E acrescenta a seguir mais ou menos isto: a História demonstra que grandes avanços culturais e sociais não foram resultado da descoberta de novos conhecimentos, mas antes do abandono de velhas teorias. Pode parecer coisa do senhor de La Palice, mas não é.
Vivemos agarrados a paradigmas e não somos sensíveis à ideia de abrir a cabeça para a possibilidade de estarmos a lavrar na asneira. Foi assim com a teoria da Terra plana, continua a ser com o Criacionismo em muitos lados, e provavelmente será amanhã com qualquer evidência sobre a existência de vida extra-terrestre.
É a sedução pela comodidade intelectual, pela não necessidade de forçar os neurónios, e pelo descanso que representa convencermo-nos que há matérias cuja compreensão arrumámos. Tive um mestre que chegou à perfeição de proibir inovações, por as considerar desnecessárias e até perigosas: tornou-se clássico pelo aviso de “toma lá cuidado com isso”.
A verdade é que somos todos mais ou menos assim porque faz parte da nossa natureza ser assim. E quanto mais velhos mais assim. É verdade! Mas admitámo-lo e demos aos jovens a possibilidade de progredir, permitindo-lhes andar para trás de vez em quando.
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