domingo, 8 de maio de 2011

O CAVACO NÃO É BOA RÊS, PÁ!

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Cavaco não é boa rês, pá! Com aqueles fatos de guarda-livros de retrosaria de esquina, e aqueles nós de gravata horríveis, não tem presença. Não é figura para alinhar ao lado do Zapatero, ou do Obama. Não sabe tratar do visual. E, ainda por cima, não é boa rês. Não é, pá. É dos que ladram e mordem. Faz discursos sacaninhas, com alusões sibilinas às minhas borradas e ar de estar a falar de outra coisa. Um sacana, é o que ele é. Eu trato-o como se nada fosse, como se ele estivesse calado, mas não lhe mostro os dentes. O gajo já percebeu que não o topo; que não vou à bola dele, pá. Logo naquele discurso da noite das eleições que ganhou, foi uma canalhice. Como se eu não tivesse legitimidade para fazer as burrices que acho melhor fazer. Faço as burrices que entendo porque não cheguei ao poder pela escada de serviço, pá. E todo o PS sabe isso. Eu ganho eleições. Por isso me lambem o rabo e se borrifam para essa coisa do património cultural e político do partido, pá. Qual património, qual quê? A malta quer é manjedoura. E emprego para a família e amigos. Se bem que essa coisa de amigos, neste meio, seja complicada. Não interessa. O Cavaco é um traste e eu estou a pau. Se ganho as eleições e não tenho maioria absoluta, provavelmente o gajo vai fazer o possível para me deixar fora de S. Bento. É um cafageste, pá. Só descansa quando me baldear para fora do poder: a mim, um dos mais notáveis primeiros-ministros que Portugal teve. E pôs lá no PSD aquele estupor do Catroga a tomar conta do Coelho e a arranjar maneira de me chatear. Primeiro com aquela coisa das gorduras do Estado, depois com as PPP, uma das coisas que me podem deixar na História de Portugal, e agora com as cartas diárias. Felizmente que o Pereira lhe dá a volta com as cartas. O Pereira, em matéria de sacanice, é bom. Se tivesse um bocadinho mais de visual, podia ombrear comigo – mas cuida-se pouco. É o seu feitio e não muda. Já lhe falei nisso várias vezes, mas ele não muda. Estas coisas nascem com as pessoas, pá. Assim como eu. Já lá na Covilhã diziam que eu era um puto bem vestido. É verdade, pá: provinciano, mas bem vestido. E quanto a isso de provinciano, ainda temos muito que esclarecer. Voltando ao Cavaco, não se pode comparar comigo – esse sim, um parolo. Alguma vez vestiu um fato Armani aquele tosco de Boliqueime? Nem lho fazem, pá!
Só sei é que ando nos 30%, ou mais, nas sondagens e isso é que interessa. Nem a Merkel, pá.
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