terça-feira, 10 de maio de 2011

O INCOMPARÁVEL LACÃO

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Ontem o ainda Ministro das Finanças do PS, o Teixeira 7%, disse uma patacoada qualquer sobre a privatização da RTP. Embora Teixeira 7% não diga coisa com coisa há muito tempo, por influência dos vapores socráticos que o impregnaram até ao âmago, segundo a imprensa terá declarado que se pode privatizar a RTP, o que acho ideia brilhante. Um buraco daqueles, a sugar os contribuintes para pagar himalaias a peraltas bem falantes e outros luxos – um milhão de euros por dia -, já devia ter sido fechado há muito tempo – é um dos factores importantes da cratera em que o PS transformou o País.
Hoje, o inefável, o incomparável, o impagável Lacão - esse sim verdadeiramente impagável -, Ministro de pasta obscura e mal esclarecida, falou sobre a matéria e pôs os pontos nos is. E corrigiu Lacão: o que o senhor Ministro das Finanças queria dizer – não disse bem, mas digo eu agora – foi “que o esforço de saneamento financeiro da RTP é de tal maneira relevante, que qualquer hipotética operação de privatização não dispensaria o trabalho de saneamento financeiro que está a ser levado a cabo”. Ah ganda Lacão!... É assim mesmo: ainda tens que comer muita broa para chegar aos calcanhares do Zézito, mas continua que vais lá; se não for antes, será na próxima incarnação.
O PS é partido de gente esclarecida por iluminação astral, e fluente. Que fala com estilo e bem. Que tem sustância, prontes.  Por exemplo, o Francisco Assis, nome de santo e verbo de Péricles, ainda ontem proclamava no Porto que o PSD quer liquidar o Estado Social (não ficou claro se falava de Estado Social, se de Estado socialista), mas o PS não deixará tal: só por cima do cadáver de Assis o PSD passará. É a ideia nova, o inesperado e inspirado discurso, a inovação na forma de fazer a política, o génio, a chispa, em suma. Para não falar nesse outro crânio chamado Lello, de que não tenho agora tempo para falar, mas que está cada vez mais lelo. Noutra altura comento o "foleiro".
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