segunda-feira, 9 de maio de 2011

O MALHADOR FALOU

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O Silva, o ecléctico Silva, o da Educação, da Cultura, dos Assuntos Parlamentares, da Defesa, provavelmente das Finanças em futuro próximo, e sabe-se lá que mais em futuro longínquo, o Silva que malha na direita, o Silva dirigente do PS, esse mesmo, analisou o programa social-democrata, pondo fim à enorme expectativa do País que não suportava mais ignorar o pensamento do Silva. E o País ficou de queixo caído perante a luz por, inesperadamente, ver ali uma ideia nova, original, inédita, nunca antes afirmada, autêntica revelação ao povo obscurecido. E que luz surpreendente foi essa? Pois a luz, perdão, o Silva diz que vê no programa do PSD "um aumento do IVA e uma redução do Estado Social, um preconceito contra tudo o que é público, visível numa fúria privatizadora". Tal e qual! Por exemplo, o PSD, com fúria privatizadora segundo o Silva, quer acabar com o espaço público, com o público televisivo, com o público desportivo, talvez com as públicas virtudes, e até com o jornal “Público”! E quer diminuir a Taxa Social Única, mas aí o Silva deixa uma pergunta embaraçosa: "Com que aumento de impostos é financiada essa redução da TSU?”, dando a resposta de imediato - esse financiamento só pode vir do aumento de impostos. Aí não duvido do Silva porque de aumento de impostos percebe ele, e percebe o PS e o seu governo, os maiores especialistas nessa matéria em toda a galáxia. Nisso e no Estado Social que diariamente apaparicam desveladamente com porradas de alto a baixo.
Mas o Silva não podia ficar só assim: detectou impreparação e imaturidade no programa do PSD. E porquê?  Porque parece que há lá uma proposta de fusão de polícias. E de polícias também percebe o PS, pela cabeça do ministro Rui, o piloto de kart, infelizmente  eclipsado depois do brilharete com os cartões do cidadão nas últimas eleições presidenciais.
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