sexta-feira, 6 de maio de 2011

PRODUÇÃO POLÍTICO-ENCEFÁLICA

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Ontem, transcrevia  declarações do Zézito sobre o FMI onde se lia que o Luís e o Pereira foram duas bênçãos. Não cheguei a perceber qual delas maior, mas também não interessa: são diferentes, prontes. O Pereira é mais para a elaboração intelectual, enquanto o Luís é mais pró visual. Não que o visual não seja importante – no caso vertente é até o mais importante - mas, às vezes, há coisas que têm de ser tratadas pelo racional.
Por exemplo, hoje saíram sondagens cujos resultados merecem reflexão. Naturalmente, não é papel do Luís comentar sondagens, a menos que tivessem sido auscultadas opiniões sobre gravatas ou paletós. Aí entra o Pereira, com o pelouro governamental da produção político-encefálica.  Por exemplo, relativamente à descida do PSD, diz o especialista de análises conjunturais: o PSD não teve capacidade de revelar preparação para governar, por ter arrastado o País para esta situação terrível de ter de pedir ajuda externa. De arrasar! Ainda o Coelho tinha a boca fechada e já o buraco começava a lavrar. Depois abriu o óstio bucal e a Pátria viu-se reduzida de supetão a enorme cratera com 78 mil milhões de euros de diâmetro – é muito diâmetro! Para o Pereira, esta situação terrível era totalmente evitável e dispensável e eu estou, finalmente, de acordo com ele, embora a minha modesta opinião não interesse nada.
Mas houve uma coisa que falhou, digo eu, relembrando a modéstia da minha opinião. O governo, apesar de tudo, também tem as suas falhas aqui e ali: o Teixeira borrou-se com os banqueiros e roeu a corda. Aliás, o Zézito e o Pereira já têm falado sobre isso. Nas actuais circunstâncias, com uma cabra como a Angela a mandar nesta coisa toda, da próxima vez - e há-de haver próxima vez se tudo correr como se espera – põe-se nas Finanças alguém de confiança para não haver surpresas. O perfil está estudado e a decisão traçada: vai para as Finanças o Silva. Não é esse!... O Silva que já foi da Educação, da Cultura, dos Assuntos Parlamentares, da Defesa, e provavelmente mais, porque esse faz tudo, é duro de roer, e sobretudo não rói a corda como o Teixeira. O Silva enterra a direita nem que tenha de enterrar o torrão lusitano com ela; isso enterra. O Silva é fixe e não é para brincadeiras: é o bin Laden do PS.
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