Max Seckler, professor de Teologia e amigo próximo de
Bento XVI, de acordo com o jornal "Daily Telegraph", terá dito: "Ele
sofreu muito no desempenho das suas atribuições. É difícil imaginar as intrigas
que teve de enfrentar em Roma. Coisas que o esmagavam porque é um teólogo e uma
pessoa nobre. Sempre esteve preparado para passos corajosos e este foi um
deles." E terá acrescentado que sempre se interrogou quanto tempo
Ratzinger iria aguentar.
As palavras são de alguém que conhece o ambiente da Cúria.
Desde que nasci, conheci seis papas. Sempre se ouviram insinuações de
intriga, hipocrisia, sacanice ao mais alto nível na Cúria. As aparências para o
exterior foram sempre guardadas, com pouco resultado mas foram. Pela primeira vez é nítido o mal estar dum
papa face à intrigalhada vigente no Vaticano—a homilia de Bento XVI na
Quarta-Feira de Cinzas é disso a prova, além de testemunhos de gente ilustre
próxima dele.
Os escritos de Leonardo Boff são textos que deviam merecer
mais atenção. Joseph Ratzinger já deve estar arrependido de ter desencadeado um
processo contra o teólogo quando dirigia a Congregação para a Doutrina da Fé—agora perceberá melhor do que falava Boff no célebre livro "Igreja, Carisma e Poder".
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