No Parlamento, Tozé, depois de recordar os números de
2012—desemprego e recessão—disse ao Primeiro-Ministro que ele era a maior
tragédia do País. Eu não diria tanto porque são muitas e grandes as tragédias que nos achacam e
é difícil saber qual a maior; mas Passos Coelho está bem posicionado.
Por seu lado, o chefe do Governo, que Graças a Deus temos, perguntou ao Tozé quais eram as políticas alternativas. Pergunta que não se faz
pela impertinência que contém. Tozé não tem que ter alternativas. Mas Tozé
não se atrapalhou e ameaçou que muito brevemente o PS apresentará no Parlamento
um projecto sobre as trajectórias de consolidação. Grande malha! Tozé está a
fazer-se: um projecto sobre as trajectórias de consolidação!!! É assim que se
fala; embora, no que a trajectórias respeita, Tozé nem pálida ideia enxergue.
Mas Coelho também estava inspirado—deve ter tomado uma "Red
Bull Energy" pela manhã. Digo isto porque a folhas tantas atirou a Tozé
que ele passou agora a herdeiro não crítico do Zezito que, em 2009, começou com
a previsão do défice de 2,2% do PIB e acabou o ano em 9,3%, com a dívida a
passar de 64% para 83%. Neste último aspecto, não estou de acordo com Coelho, coisa em
que falhou. Porque o Zezito, em matéria de dívida, era muito cauto. Até de
mais—se havia coisa que o preocupava, era a dívida. Nesse aspecto chegava a ser
salazarento. E por causa de gente salazarenta é que chegámos ao que chegámos—miserabilismo,
pronto.
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