Hoje, o Pedrito disse que Portugal não precisa de mais
tempo, nem mais dinheiro, para cumprir o programa de ajustamento—acho que foram
exactamente estas as palavras. Depois acrescentou que vai pedir à troika mais
um ano para consolidar e défice.
Perceberam? Eu não. Mas não interessa porque há imensas
coisas que não percebo e já não me ralo.
Zorrinho, a respeito, diz que o Primeiro-Ministro perdeu o sentido da
realidade; mas aí reside o grande problema; duplo no caso vertente.
Primeiro porque, tal como já aqui referido, essa coisa de
realidade é complicada. Ao estudo da realidade aplica-se, melhor que a tudo, incluindo
a Medicina, o aforismo de Hipócrates: "A vida é curta, a arte longa, a
oportunidade fugaz, a experiência enganosa, o julgamento difícil". Tal e qual!
Por outro lado, o Pedrito perdeu o sentido da realidade—é
também essa a minha convicção—mas os
socialistas não o encontraram seguramente. Pode estar numa qualquer secção de
perdidos e achados, mas não no Largo do Rato—de certeza.
Os socialistas, conduzidos por um aventureiro medíocre, vendedor
de remédios na América do Sul e alegado estudante de ciências ocultas em
França, ainda com crédito de condottiero nas hostes do Rato, arruinaram a
Pátria, lesta e alegremente, e estão prontos para o fazer sempre que seja
necessário ou oportuno. Não perderam o sentido da realidade porque para tal
tornava-se necessário alguma vez o terem tido. Parafraseando Almada, uma
geração, que consente deixar-se representar por este PS é uma geração que nunca
o foi! É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de charlatães
e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero! Pim!
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