Uns vão mais para o lado de que, sendo a dúvida difícil de esclarecer, o mais assisado é ficarem em casa, com a vantagem adicional de não poderem fazer um número de burrices da mesma ordem de grandeza do corrente na actual prática governativa. Digamos que é o ponto de vista conservador, embora redutor—errar é humano e ministro que não faça asneira aqui, asneira ali não é humano.
Outros acham que devem os ministros continuar a apanhar ar, desde que
bem protegidos para impedir que o bafo dos entoadores da "Grândola"
lhes chegue às ventas—tem tal bafo miasmas patogénicos que, inclusivamente,
tiram o sono ao Relvas, entre outros achaques.
E, numa simplificação um nadinha exagerada para ser
breve, há ainda uma terceira corrente, a dos eclécticos. Isto é, aqueles que
acham deverem Suas Excelências transferir a residência para os respectivos
ministérios, permitindo tal exercerem o múnus sem sair de casa.
Como não sou de extremos, parece-me a última hipótese a
mais inspirada. Claro que não é a mais barata porque implica obras em cozinhas,
retretes, dispensas, quartos de crianças, quiçá aposentos para assessores e por
aí fora. Mas já viram a comodidade que é ouvir o briefing matinal enquanto se
come a sanduíche de fiambre e se bebe o
leite com café de saco e poder despachar em roupão e de chinelos? E esses
rufias da "Grândola" ficam com o pé no ar por falta de substrato. Tal
e qual!
.
Sem comentários:
Enviar um comentário