sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A ETERNIDADE É UM ATRASO DA VIDA

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Temos falado da necessidade das espécies se renovarem, através da substituição de gerações, e do inconveniente que seria para o Homo sapiens que o Homo sapiens vivesse séculos. Com a duração de algumas décadas, o conflito entre gerações é o que se vê. Imagine-se agora o que seria com gerações com mais de um século de diferença: os nossos pais, avós, bisavós, trisavós, tetravós, pentavós, blá. blá, blá. O chefe com 100 anos no posto sem dar a vaga; o Zezito, o Passos Coelho e o Mário Soares politicamente activos durante 200 anos (ao Dr. Soares já falta pouco!); as listas de espera no Instituto do Emprego e Formação Profissional com candidatos séculos à frente dos jovens e por aí fora. Não dá!
A morte dá lugar aos novos e melhora a espécie. Porque morremos é que passámos da cepa torta e não somos hoje esponjas na Antárctida, ou algas no Gabão. A eternidade não é um atraso de vida, mas é literalmente um atraso da vida (embora a morte seja uma espiga).
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