Temos falado da necessidade das espécies se renovarem, através da substituição de gerações, e do inconveniente que seria para o Homo
sapiens que o Homo sapiens vivesse séculos. Com a duração de algumas décadas,
o conflito entre gerações é o que se vê. Imagine-se agora o que seria com
gerações com mais de um século de diferença: os nossos pais, avós, bisavós,
trisavós, tetravós, pentavós, blá. blá, blá. O chefe com 100 anos no posto
sem dar a vaga; o Zezito, o Passos Coelho e o Mário Soares politicamente activos
durante 200 anos (ao Dr. Soares já falta pouco!); as listas de espera no Instituto
do Emprego e Formação Profissional com candidatos séculos à frente dos jovens e
por aí fora. Não dá!
A morte dá lugar aos novos e melhora a espécie. Porque
morremos é que passámos da cepa torta e não somos hoje esponjas na Antárctida,
ou algas no Gabão. A eternidade não é um atraso de vida, mas é literalmente um
atraso da vida (embora a morte seja uma espiga).
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