terça-feira, 8 de outubro de 2013

EÇA É QUE SABIA

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Já disse neste lugar que Machete é um ás e não dá uma para a caixa—enfia as gaffes umas nas outras, como se enfiam as contas do colar no fio. Toda a gente lhe bate e toda a gente tem razão. Mas não exageremos! Broncos há muitos e este é só mais um.
Há quem se queixe dele na Justiça, quem o chame ao Parlamento para lhe bater, quem peça a sua demissão e quem pense—embora não diga—que devia ser desterrado para a Abissínia. Nem tanto! Machete é um nabo e pronto. No fim de contas, nem tem nenhuma atribuição importante no Governo, nas relações com a troika, com os países de língua portuguesa, com a União Europeia, nem sequer com a UEFA ou a FIFA. É titular de um ministério que é o vácuo absoluto.
Por isso, ao ouvir tanto ruído à volta do Ministro dos Negócios Estrangeiros, recordei-me de Eça, quando escrevia sobre as festas de comemoração do 1º de Dezembro, e dizia: [...] ...considerando que o domínio espanhol não é a coisa que mais nos honra no passado, nem a que mais temores possa infundir-nos no futuro, pedimos—se ainda vamos a tempo—que na acta da última festa se lavre que, tendo-nos regozijado bastante, cessamos de regozijar-nos.
Tal e qual. Machete não é a coisa que mais nos honra no presente, nem ministro que possa fazer muitas asneiras no futuro, pela singela razão de que não faz nada. Por isso e porque  já malhámos bastante, como propunha Eça, vamos cessar de lhe bater—já chega. Daqui por um ou dois meses o homem vai-se pelo próprio pé "por falta de condições anímicas"
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