domingo, 19 de julho de 2015

À BEIRA DUM RIO TRISTE

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Há menos de 100 anos, tudo o que víamos no espaço celeste julgávamos pertencer à Via Láctea, a nossa galáxia. Pequenas "caganitas" brilhantes eram consideradas estrelas distantes. Hoje sabemos que muitas dessas "caganitas" são outras galáxias muito maiores que a nossa, a distâncias impensáveis e que há milhões delas, cada uma com milhões de estrelas muito maiores que o Sol. Coisas de partir a corneta!
E mais! Todas essas cangalhadas estão em andamento acelerado, afastando-se umas das outras. Se bem percebemos, o universo ocupa cada vez mais espaço e, até ver, este não tem faltado. Pelo menos ainda não se ouviu notícia de ter ido contra alguma parede.
Daqui a uns milhões de anos, os nossos descendentes já não vão ver muitas coisas que nós vemos agora porque vão estar fora do horizonte visual dos seus aparelhos. Vão ter que acreditar nas descrições que deixaremos, boas referências para eles. Nós, ao contrário, não temos descrições nenhumas, ou quase, e não sabemos como eram as coisas antes de começarmos a observá-las com cuidado. Talvez isso explique a nossa ignorância sobre muitas, como a matéria e a energia negra e os buracos negros, por exemplo.
Neste aspecto, é caso para dizer que nascemos no tempo errado. Ainda por cima, somos contemporâneos do Nóvoa. Que azar!
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