terça-feira, 28 de julho de 2015

SOB A TUTELA DA ORDEM DA JARRETEIRA

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Manuel Villaverde Cabral escreve no "Observador":

[...] Cavaco Silva tem toda a razão ao recomendar aos partidos e coligações que se mentalizem para chegar a acordos maioritários no parlamento. Se alguém está no labirinto, é o país inteiro. Portanto, todas as formações partidárias têm a responsabilidade, pela positiva ou pela negativa, de colaborar nesses acordos. Já era esse o caso em 2009 mas, nessa altura o PR não teve vontade ou capacidade de agir perante a cegueira suicidária de Sócrates que nos fez cair—ele, o PS e nós por fim—no abismo. Daí, essa vertigem do poder e essa recusa negocial, é que criaram o desgastante e improfícuo regime de crispação agónica em que temos vivido deste então.[...]

Não posso estar mais de acordo com o citado. É totalmente claro neste momento que das próximas eleições não vai resultar nenhuma maioria absoluta—felizmente para a Pátria, porque fosse ela qual fosse seria sempre muito má. Sendo assim, é de todo desavisado começar desde já a criar um clima de crispação que inviabilizará qualquer partilha do poder ou acordo depois das eleições.
Deste ponto de vista, o PS tem tido comportamento muito mau; primário mesmo. Costa, que é um troglodita político manipulado pela ordem da jarreteira socialista da ética republicana, cada vez que abre a boca, fecha mais uma porta para um entendimento futuro. Não admira—Costa é aquele flop que só tarde e a más horas percebeu as anedotas que eram o Syriza, o Tsipras e o Varoufakis. Não se pode pedir-lhe mais.
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