A entrevista a José Sócrates foi patética. Vimos um homem "encurralado", a defender-se com discurso esteriotipado, repetindo até à náusea coisas como infâmia e insulto, na tentativa de intimidar o entrevistador fazendo-lhe sentir que estava a ultrapassar as marcas. Explicações, nem raspas. A única de que me lembro foi para meter os pés pelas mãos sobre o pequeno almoço com Figo, em que as datas dos factos são incompatíveis com a versão dada. Paulo Mota Pinto faz uma boa síntese:
"Quando o primeiro-ministro reage aos pedidos de explicações dizendo que são insultos ou infâmias, quando se comporta como se o valor mais importante a proteger fosse o segredo, ignorando outros valores fundamentais do sistema democrático que estão em causa, quando não dá explicações convincentes", "confirma a imagem que os portugueses já têm" dele, afirmou Mota Pinto.
Quanto às considerações de José Sócrates sobre a situação económica do país, o social-democrata considerou-as "preocupantes". "Num momento em que todo o mundo está a olhar para Portugal à espera de medidas de correcção, [Sócrates] nega que temos um problema de dívida, nega que estamos em pior situação do que muitos outros países e depois insiste nos mesmo erros de política económica".
Até quando isto?
Sem comentários:
Enviar um comentário