Ninguém sabe se a candidatura de Fernando Nobre foi pressionada por Mário Soares, ressentido com a rasteira que Manuel Alegre lhe passou nas últimas eleições presidenciais (é típico dele), ou pelo PS, que quer ver-se livre do poeta Alegre, verdadeira pedra no sapato no Largo do Rato.
Segundo o Jornal de Notícias, «Num jantar com apoiantes em Coimbra, o poeta e antigo vice-presidente da Assembleia da República criticou os que estão "empenhados em patrocinar candidatos" contra sua própria candidatura». E no Diário de Notícias lê-se: «De resto, o nervosismo de Alegre e dos seus apoiantes com a entrada em cena de Fernando Nobre - e consequente divisão do eleitorado de esquerda - ficou patente na sexta-feira, no seu último discurso. Aí, Manuel Alegre disparou contra candidaturas "de ressentimentos" e divisionistas, numa referência implícita às alegadas pressões de Mário Soares para que Nobre entrasse na corrida contra o poeta».
Pode ser tudo diz que disse. Mas uma coisa é certa: estas especulações surgem porque as pessoas acham que os intervenientes mencionados são capazes de fazer aquilo de que os acusam. Isso, aliás, é o que acontece com Sócrates. Pior que fazer trafulhices, é poder ser suspeito de as fazer, mesmo estando quieto!
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
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