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Jeffrey Goldberg, correspondente da “The Atlantic”, escreve hoje no site da revista sobre o assassinato do cientista nuclear iraniano, provavelmente por elementos ao serviço de Israel, talvez agentes da Mossad. E coloca algumas interrogações:
Porque não há notícia de tentativas iranianas para matar agentes da defesa israelita?
Provavelmente porque o Irão receia retaliação, nomeadamente um ataque à central de Natanz, antes do regime ser capaz de mudar as centrifugadoras para a nova localização subterrânea em Fordo.
Acreditam os israelitas que estas mortes atrasam o progresso do programa nuclear do Irão?
É pouco provável que o programa esteja concentrado em número muito restrito de cientistas, de tal modo que uma série limitada de mortes o possa comprometer, mas pode acontecer e Israel saber disso.
Têm os atentados o propósito de atemorizar os cientistas envolvidos no programa nuclear e convencê-los a mudar de ramo de actividade?
É possível, mas provavelmente sem sucesso. É difícil abandonar a Mafia e também deve ser difícil abandonar o programa por razões semelhantes. Os cientistas, ou as suas famílias, sofreriam sanções, com muita probabilidade.
Porque é o Irão incapaz de proteger os seus cientistas?
É uma pergunta sem resposta.
Porque é a Mossad, assumindo que é a Mossad que assassina os cientistas, tão eficaz a matar gente em Teerão?
É uma missão muito difícil e, apesar disso, já levada a cabo várias vezes.
Significam estes atentados que o Ocidente está completamente indisponível para negociações sobre esta matéria?
Se é assim, é provável que o Irão acelere a marcha do programa, de modo a criar um facto consumado. Tal como a Coreia do Norte e o Paquistão, uma vez com a bomba atomica, o Irão será “intocável”....
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