Houve eleições para o Parlamento Europeu—só isso. Os
partidos da coligação que nos governa borraram-se porque, muito justamente, têm a consciência pesada, todos sabemos porquê. O PS viu nas eleições
oportunidade de sair do buraco em que essa figura sinistra e medíocre do Zezito
o meteu. Esforçou-se até à exaustão para
transformar eleições para uma organização internacional num referendo saneador
da sua incompetência. Vieram os resultados e, tudo visto e respigado, votaram
de forma válida cerca de 27% dos eleitores; ou seja, cerca de 73% cagou-se nos
candidatos e nos partidos—PS e PSD/CDS incluídos.
Dos continentes (continentes são neste caso os que
contiveram a função entérica), ou seja, dos 27% que votaram, 31,5% votou no PS.
O PS teve assim 8,55% dos votos de 100% de potenciais eleitores. A coligação do
Governo (PSD/CDS) teve 7,4% dos mesmos 100%.
Recordo que 73% dos mesmos 100% se cagou em ambos e em
mais alguns.
Portanto, em cada 100 eleitores inscritos, 8,55 votaram
no PS e 7,4 votaram no PSD/CDS.
Brilhante!
Se o leitor conseguir, aceda aqui a um vídeo onde pode
ver e ouvir um Francisco Assis obeso e excitadíssimo a proclamar urbi et orbi
que estamos a assistir a uma "verdadeira derrota histórica da direita
portuguesa". Ou seja, a desgraça que refiro em cima não é uma verdadeira derrota
histórica de todos os partidos, talvez com a excepção do Partido Comunista. É
só da direita portuguesa.
Se os socialistas tivessem um pingo de vergonha na cara,
guardavam de Conrart le silence prudent. Mas são
medíocres, rasteiros, demagogos e apegados ao poder, onde gozam mordomias que
as suas capacidades profissionais—os que têm alguma—não lhes oferecem. Ser
político em Portugal não é uma vocação; é uma forma de subir na vida. Antigamente, ia-se para padre; agora vai-se para político. Assis, se
não fosse político subserviente e hipócrita, estava a esta hora a ensinar Filosofia da escolaridade obrigatória num qualquer liceu de Trás-os-Montes.
Assim, faz discursos inflamados à Nação.
Um horror!
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