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Segundo o filósofo José Gil, a União Europeia é um flop: não está a construir uma nação europeia e, pelo contrário, está a aumentar a desunião dos países que a constituem. Alguém tem dúvidas sobre isto? Só patetas alegres (poetas ou não), gente que nunca fez nada na vida a não ser viver dos rendimentos, do diletantismo político "Praia do Vau" e de outros expedientes—às vezes pouco recomendáveis—é que as tem.
Cada vez se cava mais a distância entre o Norte e o Sul, cada vez se torna mais claro que a União europeia é uma organização onde se entra para colher frutos, não para semear solidariedade ou fraternidade. Como os fortes e ricos são fortes e ricos porque sempre foram sacanas, na União Europeia estão como peixe na água a "embrulhar" pacóvios pobres que são pobres porque sempre foram pacóvios.
O euro foi um erro tremendo, confiar na Alemanha um erro maior, burocratizar a organização até ao delírio manifestação de menoridade de mangas de alpaca medíocres, macaquear solidariedade sob a forma de usura uma pulhice.
Até prova em contrário, toda a negociação internacional tem implícita a participação, pelo menos, de um pulha, na maior parte dos casos dois pulhas, frequentemente—como acontece agora na União Europeia—muitos pulhas. Quantos mais são os pulhas, mais típica é a organização e, nesse aspecto, a União atingiu a perfeição.
A direita diz que os poderosos se estão a aproveitar da União para apoiar o pé na cabeça dos fracos, a esquerda diz outro tanto; e os diletantes bem pensantes acham tratar-se apenas de problema de forma, não de princípio. Como os diletantes bem pensantes estão na moda e são quem manda, caminhamos a passos largos para a maior desigualdade, igual a ruína de uns e prosperidade de outros. Assim começaram muitos conflitos que era suposto a União evitar.
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