Falava há cinco dias do consumo do álcool em quase todas
as culturas, consumo feito em bebidas diferentes, confeccionadas através de processos
de fermentação diversos de coisas muito variadas, desde o arroz no Japão, às
uvas na Europa, ou à seiva da tuaqueira em Timor. Tanto quanto se sabe, a
bebida alcoólica mais antiga terá sido feita na China neolítica, há 9 mil anos.
Um artigo recentemente publicado no número de Março da
revista "Journal of Archaeological Method and Theory" e intitulado "The
Origins of Inebriation: Archaeological Evidence of the Consumption of Fermented
Beverages and Drugs in Prehistoric Eurasia", diz no resumo
inicial o seguinte:
Os mais antigos testemunhos do uso do álcool e de
drogas sugerem que a embriaguez é um hábito de longa data cuja origem pode
remontar à pré-história. Vestígios de bebidas fermentadas e restos de
substâncias de plantas psicoactivas foram recuperados de locais arqueológicos
em muita da Europa pré-histórica. Este artigo revê a história dessas
substâncias do ponto de vista cultural, baseado no contexto do consumo.
Grande número de documentos são examinados (fósseis de plantas psicoactivas,
resíduos de bebidas fermentadas e alcalóides em objectos arqueológicos e
artísticos, entre outros). Considerando que tais achados se encontraram
predominantemente em túmulos e locais de cerimónias públicas, parece terem
estado relacionados com práticas rituais. Longe de serem usados com fim
hedonístico, pode sustentar-se que tinham papel sagrado nas sociedades
pré-históricas.
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