sábado, 31 de maio de 2014

ÉTICA REPUBLICANA

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São todos muito democratas—é preciso fazer eleições para o povo escolher o que quer e tem de se respeitar a vontade popular manifestada nessas eleições. Mas cuidado!!! Também é preciso que o povo saiba votar; isto é, o povo deve votar naquilo que nós queremos. Tal e qual.
Temos um Governo que é um nojo, mas foram os portugueses que votaram nele. E daí? Não presta, manda-se embora. Assim pensa o grande democrata Mário Soares, assim pensa o grande democrata Manuel Alegre.
Quando o nojo do Zezito arruinava o País, levando-o à bancarrota, ninguém os ouviu. Era um Primeiro-Ministro eleito pelo povo, logo tinha legitimidade para fazer burrices. Assim manda a ética republicana, diria o poeta Alegre. Poeta que na noite das últimas eleições foi à sede do PS felicitar Tozé pela "vitória histórica" e agora apoia António Costa e quer correr com Tozé. Ganda democrata! 
Tozé é um nabo, mas ocupa o lugar que ocupa legitimamente e não perdeu nenhuma eleição. O problema é que não alinha com algumas seitas "muito democratas", prenhas de "ética republicana" do PS.
A classe política que nos governa é abaixo de cão. Os cães, pelo menos, são fieis ao dono que, no caso vertente, é o decantado povo lusitano. Povo que não se manifesta em eleições nacionais em percentagem superior a 70%, e que elege Marinho e Pinto, não impedindo tal que os políticos façam a festa e deitem os foguetes como se não percebessem o enxovalho que tal representa.
É a democracia que é má? Não é grande coisa, mas há pior. O mal não é do sistema. O mal é dos protagonistas. Aliás, todo o sistema político é bom ou mau, dependendo isso dos protagonistas. Neste jardim Ocidental da Europa os políticos são descendentes de um filho bastardo do Australopithecus robustus.
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